As secretarias de Políticas para as Mulheres e de Direitos Humanos da Presidência da República vão formar um grupo de trabalho para planejar as ações de prevenção à exploração sexual e de proteção à população feminina, que serão desenvolvidas na Copa do Mundo de 2014, no Brasil, e nos Jogos Olímpicos Internacionais de 2016, no Rio de Janeiro. Termo de cooperação nesse sentido foi assinado ontem, em Brasília, aproveitando o Dia Internacional da Mulher.
“A nossa determinação é que, nesses eventos, nós façamos campanhas contra a violência e contra o tráfico e a exploração sexual”, disse a ministra da Secretaria de Políticas das Mulheres, Eleonora Menicucci.
Segundo ela, além da demanda do próprio Governo em se programar para combater a exploração sexual, também há uma necessidade de atender à recomendação da unidade da Organização das Nações Unidas (ONU) dedicada à causa feminina, a ONU Mulheres. A entidade pede que o País coíba, durante os eventos, qualquer forma de violência contra as mulheres e a exploração sexual. “Não aceitamos que o País seja observado como destino de turismo para exploração sexual”, destacou a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário.
O grupo de trabalho vai elaborar ainda políticas públicas específicas para as idosas. “Nós não temos nada pensado para a mulher idosa”, constatou Eleonora Menicucci. Segundo ela, até mesmo as políticas de saúde param na menopausa. A ministra explicou que a principal razão da omissão é o fato de a população ser predominantemente jovem até há pouco tempo, com o envelhecimento aumentando recentemente.
Outro tema em que o grupo de trabalho vai se debruçar é a proposição de políticas que garantam maior acessibilidade às mulheres com deficiência. “As enormes dívidas social e política começam pela falta de acessibilidade”, comentou Maria do Rosário. Ela destacou a importância de incorporar aos prédios, sejam públicos ou privados, o critério da acessibilidade. (das agências)
ENTENDA A NOTÍCIA
Eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas de 2016 acabam atraindo pessoas que enxergam no Brasil uma oportunidade para realizar turismo sexual. Por isso ações preventivas se fazem necessárias.
Fonte: Jornal O Povo.